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E&L participa da vida das pessoas dando suporte para administrações municipais

O Grupo E&L é um dos maiores empregadores privados da região serrana, mais especificamente em Domingos Martins. Nesta entrevista, o administrador de empresas Carlos Tancini, da supervisão estratégica do grupo, explica que as atividades desenvolvidas estão presentes na vida e no dia a dia das pessoas enquanto usuárias dos serviços públicos.

Tancini conta que, quando alguém é atendido na saúde, na educação e tantos outros setores do serviço público onde o grupo atua, no suporte está o trabalho da E&L com seus sistemas de gestão pública e até de transparência administrativa. O supervisor ainda falou sobre a política de formação e valorização dos seus colaboradores, além dos planos de expansão do grupo.

Montanhas Capixabas – O que exatamente o grupo E&L oferece para a sociedade?

Carlos Tancini – Somos um grupo de empresas de TI (Tecnologia de Informação). O foco principal do grupo é o desenvolvimento de softwares e a prestação de serviços voltados para a administração pública. O público em si muitas vezes não consegue enxergar a penetração dos serviços que a E&L presta para as prefeituras e autarquias.

Mas, por exemplo, quando uma pessoa vai fazer o agendamento de uma consulta médica,vai usar o nosso software se o município tiver o sistema de saúde da empresa. Quando vai protocolar alguma coisa, entregar alguma petição, o sistema de protocolo é da E&L. Da mesma forma ocorre com o cálculo de IPTU, organização de transporte escolar, merenda escolar, gestão da educação, conferência de nota, ficha funcional de alunos e biblioteca.

Isso quer dizer que, além de dar suporte para o atendimento às pessoas, a E&L também contribui com a transparência das instituições?

Sim, porque oferecemos sistemas para programas de incentivo, contabilidade, atendimento às normas dos tribunais de conta. Também gerimos o portal da transparência. Nós desenvolvemos o sistema onde o gestor público coloca os dados da transparência. Claro, tudo isso é um forma de contribuir, em forma de suporte, para o bom funcionamento da sociedade.

O grupo é grande. Como é administrar tantos funcionários em tantas cidades e estados?entrevista_EL_tancini_2

Temos 330 colaboradores, 250 em Domingos Martins e o restante distribuído em municípios capixabas e até fora dele, como Governador Valadares, Belo Horizonte, Nova Friburgo, Itabuna, Ilhéus e Vitória da Conquista. A empresa tem um sistema de intranet e de comunicação por telefone que permite o contato direto em qualquer tempo com qualquer funcionário. Há um cronograma que sabemos onde cada colaborador está em cada dia. Administrar todas essas cidades e tantos clientes de uma forma natural, é o nosso dia a dia, é o modus vivendi da empresa.

Os contextos regionais geram desafios específicos no atendimento?

Sim, mas o nosso pessoal que atende em cada local é oriundo da própria região. Contratamos colaboradores locais e damos treinamento, considerando também a realidade de cada local.

Para a E&L conciliar toda essa disciplina com o espírito de inovação é um desafio?

O mistério é o treinamento a cada coisa nova que surge. Os nossos sistemas são separados por área de atuação. Cada área afim proporciona treinamento específico dos técnicos, que têm uma condição de conhecer bem aquilo que eles militam.

Como fazer isso ser favorável à criatividade?

Normalmente nossos sistemas são amarrados em sistemas legais, que não dão muita abertura a modificações. Como nossas demandas são basicamente com serviços públicos, temos que seguir esses preceitos. Por outro lado, a empresa enxerga que a inovação é extremamente fundamental na manutenção da E&L no futuro.

Então, ela investe bastante, tanto na área de software quanto de hardware, cada vez mais programas amigáveis, de fácil utilização. A empresa investe em viagens internacionais para o aprimoramento para ficar o mais próximo possível daquilo que se faz de melhor no mundo, em níveis tecnológicos.

Então, o grupo E&L investe continuamente na capacitação. Como é a política do grupo nesse segmento?

Nosso desenvolvimento nasce da necessidade da empresa. Por isso, nosso grupo tem o Instituto de Tecnologia da Inovação Luzia Holz (ITILH), que busca essa mão de obra junto à comunidade local. Aqui em Domingos Martins, por exemplo, a gente faz o projeto Jovens Talentos, onde treinamos e damos um início profissional para os candidatos. Nem todos que fazem têm a vaga garantida, mas os que conseguem aprovação são absorvidos pela empresa.

E como é a relação com o colaborador efetivado no grupo?

Temos o plano de carreira, onde a pessoa entra para fazer atendimento, vai se tornando técnico e vai evoluindo conforme a capacidade dela em se esforçar e estudar, chegando até a programador e gerente. Todo nosso quadro gerencial é oriundo de colaboradores que evoluíram na empresa. Essa mobilidade profissional é uma característica do grupo. Mesmo porque o conhecimento dos nossos funcionários é muito específico em função do mercado que a gente trabalha. Por exemplo, eu não acho um profissional especializado em contabilidade pública lá fora e tenho que formá-lo.

O grupo E&L tem projetos de expansão da sua presença no mercado?

Como no Espírito Santo já temos uma presença bastante volumosa, estamos nesse momento desenvolvendo campanhas de vendas nos estados onde atuamos: Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia. E há algumas prospecções fora, notadamente em São Paulo e Paraná.

Texto: Fabricio Ribeiro / Fotos: Fabricio Ribeiro
Fonte: Portal Montanhas Capixabas